sábado, 29 de setembro de 2012

NOITE PUJANTE

 NOITE PUJANTE

Brados descomunais, noite pujante.
No ganido longínquo, sofrimento...
Disforme sentimento dum gigante,
A vida se refaz cada momento.

Melancolia chega, estonteante,
O vento se resume: açoidamento.
Na lápide dos sonhos, minha amante.
A dor em mim procura alojamento...

Soberba e soberana, lua atroz...
Não sabes nem sequer minha existência!
Um brado delirante, tão feroz;

Percorre por espaços siderais...
Quem sabe, enfim, terás santa clemência
Querida, ouvindo o brado e os meus ais!

MARCOS LOURES

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