ÉRICA
Teus olhos tão soberbos não encaro!
A vida não me deixa solução,
Quem fora amor mordendo fica caro,
Ajoelhado estou, peço perdão!
Se imaginasse assim, tivesse faro,
Por certo preferia a solidão.
Vagando pelas ruas sem amparo,
Lambendo estes teus passos sou um cão.
Não maltrate quem te ama, minha amada!
A vida sem amor é quase nada,
É rio que se perde do seu leito.
Não precisa gritar assim, histérica,
Nem tudo nesse mundo é tão perfeito.
Mas, por favor, não me abandones Érica!
MARCOS LOURES
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