DIVINA
À vida, não me prendo, pois é frágil.
Minha alma, sim, eterna caminhante...
O tempo de viver, esse é tão ágil,
Transcorre num segundo delirante.
A dor que te consome e que palpita,
Por certo findará, tenha certeza.
Toda tristeza passa, pois finita.
Manhã quando renasce traz leveza.
A amarga solidão, seu desconforto,
O látego ciúme, tudo passa...
Os males procelários acham porto...
A vida se refaz, tão cristalina...
Minha alma anda feliz e não disfarça,
Pois encontrou, enfim, seu par: Divina!
MARCOS LOURES
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